Manter o peso perdido não é fácil. Cerca de 80% dos pacientes que emagreceram irão voltar ou mesmo ultrapassar o seu peso original depois de 1 ano. Quem nunca ouviu falar ou mesmo sofreu com o famigerado “efeito sanfona”?
É comum que nos primeiros 3 a 6 meses de tratamento a motivação do paciente esteja em alta, afinal de contas é no início que a perda de peso é mais acelerada e evidente.
Porém, depois de um tempo ocorre um natural relaxamento e o paciente dá a perda de peso como uma meta cumprida. Há também aqueles que perderam um montante significativo de peso, mas desistem pois não atingiram aquilo que consideram ideal, não valorizando o que conquistaram.
O resultado quase sempre é o mesmo, reganho de peso e frustração. O que fazer então?
Primeiro é compreender que a obesidade é uma doença crônica, complexa, que possui componentes genéticos, ambientais, emocionais e hormonais envolvidos. Seu equilíbrio é delicado e o organismo fará de tudo para voltar ao peso inicial, aumentando o apetite e reduzindo o gasto calórico na medida em que a pessoa emagrece.
Ao se atingir o peso desejado é que os bons hábitos alimentares deveriam ser consolidados, as atividades físicas aumentadas e não o oposto.
Continuar motivado nessa etapa é essencial. Algumas estratégias para não baixarmos a guarda são:
– Tirar fotos de antes e depois da perda de peso para nunca se esquecer de como isso valeu a pena.
– Faça uma lista do que o motiva a manter o peso. Ter mais saúde? A admiração do parceiro e de amigos? Mais autoestima?
– Buscar prazeres em outras fontes além da comida, como na própria atividade física, ter um hobby, relacionamentos saudáveis, cuidar do próximo e por aí vai.
– Gratificar-se com presentes que não envolvam comida, como uma roupa nova, um passeio, uma nova bicicleta etc.
– Contar com a ajuda de familiares, amigos, médico, psicólogo e nutricionista para se manter vigilante na meta e nunca desistir. Quando prestamos contas a pessoas de confiança nosso nível de engajamento aumenta.