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O que é andropausa?

Andropausa Testosterona

A andropausa é um termo criado para descrever a fase da vida dos homens em que ocorre a queda dos níveis de testosterona, principal hormônio sexual masculino, relacionado ao envelhecimento, sendo um equivalente ao climatério nas mulheres. Muitos autores discordam desta terminologia e preferem chamar de Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM).

Ao contrário das mulheres, em que o início do climatério é bem definido, a partir de um ano após a menopausa (última menstruação) e os sinais e sintomas são mais específicos, principalmente as ondas de calor (embora algumas mulheres não irão ter), nem todos os homens apresentarão critérios clínicos e laboratoriais de andropausa ao longo da vida.

Apesar disto, a incidência de casos de andropausa tende a aumentar conforme o indivíduo envelhece, atingindo 90% dos homens acima dos 80 anos quando se utiliza os níveis de testosterona livre como critério laboratorial. A disfunção hormonal é progressiva, não há um ponto exato de início, mas considera-se por volta dos 50 anos de idade.

A andropausa tem causa multifatorial, envolve redução no número de células dos testículos produtoras de testosterona, diminuição da circulação sanguínea para as gônadas, piora da resposta dos testículos ao estímulo dos hormônios da glândula hipófise (FSH e LH, que controlam a produção de hormônios testiculares) e diminuição dos ritmos hormonais da glândula hipófise e do hipotálamo (estrutura cerebral que controla a hipófise) relacionado ao próprio envelhecimento.

Como é feito o diagnóstico de andropausa?

O diagnóstico é feito pela associação de achados clínicos sugestivos de andropausa e confirmado por baixos níveis de testosterona (total e livre calculada) em uma população de meia-idade e idosa. Deve-se antes descartar outras causas que levem a um quadro clínico semelhante, como alcoolismo, algumas medicações de uso psiquiátrico, anti-hipertensivos, alguns fármacos para gastrite, quadros depressivos, tumores produtores de prolactina, doenças tireoidianas, etc.

Os principais sinais e sintomas de andropausa são: diminuição de libido (apetite sexual) e da eficiência das ereções, além de outros como piora do vigor físico, alterações de humor (depressão, irritabilidade, ansiedade), diminuição na frequência de barbear, perda de pelos, fadiga excessiva, acúmulo de gordura abdominal, perda de estatura, entre outros.

A deficiência de testosterona pela andropausa pode trazer riscos à saúde?

Além do quadro clínico acima citado, a andropausa aumenta o risco de desenvolvimento de outras doenças como osteoporose, anemia, aumento na incidência e mortalidade por doenças cardiovasculares, como angina, infarto agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e doenças respiratórias.

A deficiência de testosterona relacionada ao envelhecimento predispõe a perda de massa muscular e substituição por tecido adiposo, ganho de peso e, por conta disto, piora nos controles das taxas de açúcar nos diabéticos. Importante destacar que os diabéticos apresentam maior risco de evoluir com deficiência de testosterona, o que leva a um círculo vicioso de uma doença piorando a outra.

E como tratar?

Em primeiro lugar, enfatizamos a importância de mantermos o peso controlado, pois o tecido adiposo é capaz de transformar a testosterona em estrógeno, principal hormônio feminino, sendo isto mais evidente em indivíduos com sobrepeso, o que leva a piora dos sintomas atribuíveis a andropausa.

A prática de atividades físicas supervisionadas, especialmente aquelas com carga, estimulam a maior produção de testosterona e melhora do bem-estar geral.

Nos casos comprovados de andropausa e após exclusão de outras causas que levem a redução deste hormônio, está indicada a reposição hormonal de testosterona. No Brasil, temos disponíveis as seguintes formulações:

– Injeções intramusculares de média duração, que devem ser aplicadas a cada 2 a 4 semanas a depender dos níveis de testosterona. Tem a vantagem de serem mais baratas, entretanto apresentam excessiva flutuação dos níveis de testosterona, podendo levar a variação na libido, humor e vigor físico.

– Injeções intramusculares de longa duração, que devem ser aplicadas a cada 6 a 12 semanas. São mais estáveis quanto aos seus efeitos, apresentam maior comodidade quanto a menor frequência de injeções, porém o tratamento é mais caro e as injeções costumam ser um pouco dolorosas.

– Géis de uso transdérmico e axilar, apresentam muito boa estabilidade e eficácia clínica, são de fácil aplicação, mas podem provocar irritação na pele de algumas pessoas. Além disto, deve se ter cuidado em evitar o contato do local onde foi passado o produto com a pele de mulheres e crianças, por um período de até 6 horas, devido risco de passagem transdérmica e masculinização.

Devem-se evitar formulações de uso oral, pelo risco de toxicidade ao fígado, aumento no risco de tumores deste órgão e eficácia irregular no controle dos sintomas.

Importante destacar, antes de iniciar o tratamento com testosterona, deve-se realizar cuidadosa avaliação da próstata com o urologista, através de exame físico, dosagem de PSA e ultrassom prostático. Este monitoramento deve ser periódico e é importante frisar que a reposição de testosterona não induz ao aparecimento de câncer de próstata, mas pode acelerar seu crescimento naqueles pacientes que estão utilizando a medicação e desconhecem serem portadores deste câncer. Outra contraindicação absoluta, apesar de incomum, é o câncer de mama masculino.

Dentro das contraindicações relativas, destaca-se a apnéia do sono, aumento nos níveis de hemoglobina/hematócrito (glóbulos vermelhos) no sangue, aumento no volume da próstata não relacionado ao câncer (hiperplasia prostática benigna), quadros de epilepsia e enxaqueca. Nestes casos deve-se pesar riscos e benefícios e exige-se um seguimento mais frequente.

Procure seu médico e nunca inicie uso de hormônios masculinos e qualquer outra medicação sem acompanhamento!

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