É bem provável que você já ouviu falar dos inúmeros benefícios da vitamina D, alguns cientificamente reconhecidos e outros que carecem de comprovação.
O principal papel da vitamina D está em auxiliar na absorção de cálcio através do intestino. Se o nível de vitamina D estiver baixo, o cálcio da alimentação e de medicamentos terá dificuldade em ser absorvido e isso poderá levar a perda progressiva de massa óssea e osteoporose.
Outros efeitos especulados da vitamina D envolvem aumento de força muscular, melhora de transtornos de humor, ações anti-inflamatórias e imunomoduladoras, que em tese poderiam reduzir o risco de doenças autoimunes, câncer e infecções graves. Justamente aí está o perigo.
Muitos pacientes buscam tratamentos alternativos para inúmeras doenças, inclusive COVID-19, baseados em superdosagens de vitamina D, que podem ser aplicadas em clínicas de credibilidade duvidosa por meio de injeções e que recomendam níveis no sangue muito mais altos do que o proposto pelas principais sociedades médicas.
O excesso de vitamina D ocasiona um aumento exagerado de cálcio no sangue que, por sua vez, acaba por ser eliminado pelos rins, o que leva a um aumento de diurese, desidratação, formação de cálculos renais e sintomas como náuseas, vômitos e fraqueza muscular.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, os níveis plasmáticos de vitamina D devem estar entre 20 ng/dl e 60 ng/dl na população geral e entre 30 ng/dl e 60 ng/dl em portadores de osteoporose e osteopenia e grupos de risco para perda de massa óssea, como idosos, gestantes, lactantes, portadores de raquitismo e osteomalácia, má absorção intestinal (ex: pós cirurgia bariátrica), doença renal crônica, entre outros.
Lembrando que a principal forma de se adquirir vitamina D é por meio da exposição solar frequente e através de alimentos como peixes gordurosos e gema de ovo.
Suplementos orais podem ser utilizados e muito raramente será necessário o uso de formulações injetáveis. Fiquem espertos!